O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, intensificou nesta terça-feira (27) o confronto com a Universidade de Harvard, uma das instituições de ensino mais renomadas do país. Segundo uma carta obtida pelo Wall Street Journal, a istração de Serviços Gerais (GSA) está recomendando a rescisão dos contratos federais restantes com a universidade, alegando práticas de antissemitismo e discriminação racial em seu processo de issão.
“Recomendamos que sua agência rescinda por conveniência cada contrato que considerar não atender aos seus padrões”, escreveu Josh Gruenbaum, comissário do Serviço Federal de Aquisições da GSA, em documento enviado a outras agências federais. Ele também sugeriu que os contratos sejam transferidos para novos fornecedores sempre que possível. A medida representa uma tentativa direta do governo Trump de cortar o vínculo institucional entre Harvard e os recursos federais.
O ex-presidente também usou sua rede social Truth Social para afirmar que considera realocar US$ 3 bilhões em bolsas de pesquisa destinadas a Harvard para escolas técnicas espalhadas pelo país. “Que grande investimento isso seria para os EUA – e tão necessário!!!”, escreveu Trump, acusando a universidade de ser “muito antissemita”. O posicionamento faz parte de sua ofensiva contra o que chama de ideologia “woke” e contra manifestações políticas em universidades. Recentemente, o Departamento de Segurança Interna tentou suspender a autorização da universidade para matricular estudantes internacionais, decisão que foi posteriormente barrada por um juiz federal.
As tensões entre Trump e Harvard vêm crescendo há meses, e refletem uma disputa maior sobre o papel das universidades no debate político e social dos Estados Unidos. A istração da universidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre as novas investidas.